quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A fé egoísta

Recentemente acompanhamos as notícias sobre o desabamento da igreja renascer que fica em SP, aquela que os donos estão presos nos EUA por estorquir grana das ovelhas aqui no Brasil, a mesma também que o jogador Kaká se casou. Os números finais foram: 9 mortos e 113 feridos. E foi naquele momento de desespero, que os fiéis mostraram sua real fé, acompanhe os depoimentos de quem sobreviveu:

"Isso só prova que Jesus voltou", disse Tais Alberta, 23 anos.

"Quando acordei já estava fora da Igreja. Isso só prova que Jesus voltou"

"Estava no meio da igreja quando, de repente, do nada, o teto começou a cair. Não deu tempo de pensar em nada, a única coisa que fiz foi proteger minha cabeça, minha noiva e sair correndo para fora da igreja. Graças a Deus eu e ela estamos bem, só tivemos escoriações", disse Roberto Galdez.

Imaginem fora da igreja, um parente de uma vítima fatal ouvindo tais relatos?
"-Puxa vida, então Deus salvou o casalzinho aqui do lado, mas não o meu filho? Qual será a forma de julgamento dele para que elimine meu filho e salve o casal?"
Se essas pessoas realmente acreditam que foram salvas por Deus e Jesus, as que morreram o Diabo tomou conta então?

Nesse momento, creio que o "Graças a Deus" entre no ouvido dos familiares das vítimas como um tiro de escopeta.

É realmente triste e trágico tudo isso, só quando uma catastrofe dessas acontece e que percebemos que a tal fé egoísta existe, e o quanto as pessoas ficam cegas para com o próximo, não enxergando além do próprio umbigo.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Você acredita em Deus?

Afinal, existe realmente um Deus? Ou melhor, a pergunta é...

Você acredita em Deus?

Se a resposta for sim... respondeu muito rápido, você quer ver como a questão é bem mais complicada...

1º Ponto: Como definir Deus?
Perceba que mesmo as pessoas mais religiosas não conseguem dar uma definição clara e objetiva sobre Deus...
“Deus é uma energia, é luz, é um ser espiritual, é nossa imagem e semelhança”
“Deus é grande, infinito, do tamanho de uma pessoa mas em espírito, não tem tamanho”
“Deus está no céu, na terra, natureza, dentro de nós, em todos os lugares...”
Muitas pessoas vêem Deus como uma entidade espiritual antropomórfica...
É assim que você vê Deus?
Para Einstein, Deus era o conjunto das leis que regem o universo.
Difícil de entender? Continuemos...

2º Ponto: Qual Deus você acredita?
Isso mesmo, qual deles? Há centenas...
Jeová, Alá, Krishna, Visnu, Eros, Zeus, Horus, Minerva, Tupã...
Provavelmente responderá: O Deus da bíblia!
Mas isso supondo que a bíblia seja o único livro sagrada que diz a verdade, momento propício para o próximo ponto.

3º Ponto: Qual livro sagrado é de fato a palavra de Deus?
Mais uma vez, há vários...
A bíblia, alcorão, bhagavad-gitã, livro de mórmom, marãbhãrata...
E nesse momento somos conduzidos a um novo ponto...

4º Ponto: Qual a religião verdadeira?
Desnecessário dizer novamente, pois há milhares.

Dessa forma, como pode ter tanta certeza de ter encontrado a religião certa e adorar o Deus verdadeiro?
Você não acha muita coincidência, dentre milhares, ter encontrado na primeira tentativa a religião verdadeira?
Agora responda honestamente...(Não se esqueça que Deus está vendo tudo)
Você agiu de modo justo, imparcial e despreconceituoso, ao decidir pela sua religião? Analisou cada uma delas, certificando-se assim ter escolhido a correta?
Já se perguntou por que existem tantas religiões, surgindo tantas a cada dia?
Simplesmente porque nenhuma delas oferece qualquer evidência ou prova de ser autêntica, elas nem se permitem uma investigação séria com todo o rigor ciêntifico que alegações de tamanha importância requerem...
Por quê?
Porque nenhuma religião resistiria a isso.
A religião lhe diz: “Aceite com fé...e cale a boca”
E o que vemos são pessoas, cada uma delas defendendo a sua própria religião... será que tudo isso é verdade?
IMPOSSÍVEL!
Aceitar todas crenças, é o mesmo que anular todas elas!
TUDO, se resume a uma questão de FÉ...
Já percebeu que ninguém diz: “Tenho fé no sol, tenho fé no mar, tenho fé na natureza”?
Pois é óbvio que essas coisas se auto evidenciam.
Religiosos tem fé no seu Deus, pois é a única ferramenta que dispõem.

Todas as pessoas deveriam assumir um compromisso sério na vida, seja um cientista, ateu, agnóstico ou livre pensador, e deveria ser dos religiosos também, que é o compromisso com a VERDADE!!! Seja ela boa, ou ruim.

Se Deus não existir...
Que pena, é triste, mas tudo bem, aceitamos a verdade, sendo consolados pelo privilégio de simplesmente sabermos dessa verdade.
Mas se Deus existir...
Melhor ainda!!! Nesse caso, temos alguém que nos protege, e nos oferece a perspectiva da vida eterna, sabe onde?
No mundo encantado do paraíso eterno...




Para terminar, da próxima vez que lhe fizerem a pergunta, demore um pouco mais pra responder...

Um agnóstico

Acreditar ou não em Deus é uma questão meramente de fé. Portanto, teísmo e ateísmo são pólos opostos em nível equivalente. A diferença básica do teísta para o ateísta é a mesma que existe entre alguém que gosta de melância e alguém que não gosta. É apenas, com o perdão da redundância, uma questão de gosto.

Observamos atualmente, de uma lado teístas que consideram ateus seres inferiores, egoístas materialistas e amargurados com a vida, pobres coitados que não tem grandeza espiritual o suficiente para notar a presença do criador em todas as coisas.

Do outro lado, temos ateus que consideram teístas pobres coitados dominados pela alienação, que precisam da crença em um ser invisível para mascarar suas fraquezas e incapacidade de enfrentar os problemas da vida por conta própria.

Uns consideram os outros tolos, talvez sejam ambos igualmente dotados de tal defeito.Podemos dizer sem medo de errar, que a questão da existência de Deus nunca terá um fim. Pelo simples fato de que ambas as hipóteses são paradoxais.

Aborto

Antes de começar, gostaria de dizer que particularmente não tenho uma opinião totalmente formada a respeito desse tema, e adoto uma posição agnóstica também em relação a isso por achar que é um assunto incrivelmente complexo, que não envolve só a vida de uma crinça, e sim de uma mãe, de uma família e todo um quadro de valores psicológicos, sociais e morais. Por enquanto apenas espero respostas, pois tenho dúvidas da onde a vida realmente começa. No ramo espírita, por exemplo, é defendida a idéia de que a vida tem início no momento em que o óvulo é fecundado, ou seja, aquelas 2 células únidas recebem a partir dalí uma alma. Seria até mais fácil, se a questão fosse puramente espiritual, mas sabemos que vai além. Alguns defendem a idéia do aborto com uma postura absolutamente racional, pois sabem que até 40 dias o feto nada mais é do que um aglomerado de células, sem cerébro, sem coração, sem sistema nervoso, portanto sem a capacidade de sentir dor, emoção ou qualquer tipo de sentido. Lembrando que a mãe, essa sim, tem uma vida complexa já existente, cheia de lembranças, felicidades, angustias, virtudes e sofrimentos acumulados durante anos, e que essa nova vida poderá vir para o bem ou acarretar problemas, como por exemplo numa falímia carente, onde o futuro dessa criança é quase certo que será na miséria das ruas e favelas. Mas como disse, apenas observo o que as pessoas que se dizem entendidas tem a dizer sobre o assunto.

A teoria falaciosa

O texto abaixo é usado frequentemente por pessoas que são contra o aborto, e logo a seguir refutarei o mesmo.

Um professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Califórnia um dia perguntou aos seus alunos. "Aqui é a história de uma família. O pai tem sífilis. A mãe tem tuberculose. Eles já tiveram quatro filhos. O primeiro filho é cego. O segundo filho morreu. O terceiro filho é surdo e o quarto filho tem tuberculose. A mãe está grávida. Os pais estão dispostos a ter um aborto se for recomendado. O que é que vocês recomendam?" A maioria dos alunos optaram pelo aborto. "Parabéns," anunciou o professor. "Vocês acabaram de matar Beethoven."
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Bem, existiu também uma família ao norte da Austria, que levavam uma vida humilde, mesmo assim tiveram 6 filhos, 4 morreram na infância, sobrando apenas a filha caçula e esse ser em questão. Não existiam motivos aparentes para um aborto, e acredito que nesse caso, quase ninguém o faria mesmo. E dessa vez eu é que vos digo "Parabéns" - Vocês acabaram de conceber Adolf Hitler.

A quem compete afinal, deixar nascer um gênio da música ou um gênio do Holocausto?











*A propósito, a história de Beethoven é apenas ilustrativa, inverídica e usada comumente como apelo emocional.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Virtude - Pratique essa idéia

Seja o que for que faço, faço porque é justo diante do meu entendimento e não porque há alguém que possa premiar-me ou castigar-me na proporção de minhas ações. O esforço para confrontar os atos de minha vida ao meu pensamento, chamo virtude. A única recompensa da virtude é a própria virtude.

Se penso numa recompensa não sou virtuoso, pois a principal característica da virtude é o desapego. Creio firmemente que a virtude desapegada cria a felicidade. Aquele que tenta ser bom porque quer ganhar o céu, não é bom, é como um objeto que se vende. Aquele que evita ser mau porque não quer ser condenado ao inferno, não deixa de ser mau, é um covarde que se comporta porque teme.

É típico do fraco colocar a responsabilidade de sua própria felicidade sobre os ombros de alguma coisa externa a si mesmo. E os ombros favoritos são os de Deus.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

No Caminho das índias...

Quem conhece esta história abaixo?
Havia um homem que, dizem ter nascido de uma virgem. Nascido de descendentes dos reis legítimos. O nome pelo qual passou a ser conhecido no Ocidente, embora na verdade falado em outra língua, lembra o conceito grego de Christhos.
Várias profecias indicavam que este menino poderia vir a ser o Rei, embora alguns achassem que isso seria no sentido religioso, e outros, no sentido político.
As pessoas esperavam um salvador. Este seria uma encarnação do segundo aspecto de Deus, que é um só, mas se divide em três.
O rei da época, mandou MATAR todos os primogênitos, forçando os pais do salvador que fugissem com ele.
Foi criado de forma humilde, mas dava mostras de sua sabedoria.
Após uma infância pouco documentada, deu algumas mostras de seu poder na adolescência.
Após mais algum tempo, em idade adulta jovem, se revelou como presença divina.
Quebra paradigmas, ensina morais estranhas, faz questão que cada um cumpra o que é seu papel. Ensina, literalmente, que ele é o caminho até o Pai. Não porque ele seja egóico, mas porque ele está ligado com o Criador.
Acaba sendo morto ainda jovem, de forma trágica, pouco depois de sua revelação como Presença Divina.
Não escreve nada, mas alguns registram parte da sua vida, especialmente as próximas da morte, onde despeja toda a sua sabedoria. Os trechos registrados são pequenos, mas capazes de mudar nossa noção religiosa de causa e conseqüência, trazendo nova luz sobre a natureza do espírito, e sua sobrevivência ao corpo.
Os poucos capítulos sobre sua vida em presença divina são inseridos, como parte das escrituras sagradas, e são traduzidos para praticamente todas as línguas do mundo. O livro com a vida do Deus Vivo é mais popular e citado, individualmente, do que a própria obra religiosa maior que o contém.
Antes de morrer, deixa claro que irá voltar, no futuro. Fazem religião em seu nome, mas ele mesmo nunca foi adepto destes preceitos religiosos, até porque nunca fundou religião alguma, nunca foi moralista, nunca foi de trocar sabedoria por rituais, e não podia freqüentar o que só fizeram depois dele.


Conhecem esta história? Vocês não são os únicos. Os que fizeram o mito ecumênico de "Jesus Cristo", unindo elementos do mitraismo, judaismo, paganismo, culto ao sol e filosofia moralista grega também conheciam, pois esta é a história de Krishna, que viveu em 3.000 a.C., na Índia.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

História de um Esquimó

Já ouviram a afirmação de que "evangelizar é preciso"? Aposto que sim, a última vez que a ouvi, inclusive, foi quando terminei de contar essa história a seguir pra um colega cristão. A propósito, existe salvação eterna? Uns dizem que sim, outros que não, que não existe esse papo de céu, inferno e tão pouco de juízo final, a própria bíblia, nas suas interpretações nos leva a crer que o juízo final realmente existirá e também que "evangelizar é preciso", que uma pessoa só será salva se crer em Deus e em seu filho Jesus Cristo, que a oportunidade de se salvar está aí, basta você estar de acordo com a palavra sagrada. Já ouvi relatos que num culto evangélico, o pastor explicava sobre o dia do juízo final, dizendo que devíamos ler a bíblia incansavelmente aproveitando enquanto é tempo para aprender a "palavra sagrada", pois no dia do juízo final, TODOS os seres humanos teriam uma bíblia em mãos, só que essas bíblias estariam em branco, com as letras apagadas, e só seriam salvos os que sabiam a palavra de Deus de cór (psicologia é pouco, haja criatividade).
Enfim, vamos falar do nosso amigo aqui do lado. Imagine um esquimó, que onde bem sabemos, sua vida é caçar, pescar e cuidar dos filhos, nasce em meio a neve e não tem grandes perspectivas como outros povos. Assim como ele, todos os seus antepassados viveram e morreram assim, caçando, pescando e tendo filhos, em perfeita harmonia por centenas de anos.

Um dia um pastor vai pregar no Alasca, e lá, encontra o esquimó e lhe mostra pela primeira vez a bíblia sagrada, dá uma breve explicação sobre os textos contidos ali e sobre sua religião, e conclui dizendo que nela está a única maneira d'ele e de sua família serem salvos no dia do juízo final, que bastava ler e acreditar naquilo tudo, usando da fé.

O esquimó então lhe faz a primeira pergunta:
- Mas pastor, e meus antepassados? Eles não tiveram acesso a bíblia como estou tendo agora, eles serão salvos?

O pastor responde:
- Se eles não tiveram acesso a bíblia, mas foram pessoas honestas, tiveram boas atitudes e não praticaram o mal, dessa forma eles serão salvos sim.

Esquimó:
- Então uma pessoa que desconhece a palavra sagrada, será salva apenas por ter levado uma vida virtuosa, pastor?

Pastor:
- Exatamente, filho.

Esquimó:
- Então por que está me contando?