quarta-feira, 22 de abril de 2009

A nova roupa do rei

"Um bandido, se fazendo passar por um alfaiate de terras distantes, diz a um determinado rei que poderia fazer uma roupa muito bonita e cara, mas que apenas as pessoas mais inteligentes e astutas poderiam vê-la. O rei, muito vaidoso, gostou da proposta e pediu ao bandido que fizesse uma roupa dessas para ele.
O bandido recebeu vários
baús cheios de riquezas, rolos de linha de ouro, seda e outros materiais raros e exóticos, exigidos por ele para a confecção das roupas. Ele guardou todos os tesouros e ficou em seu tear, fingindo tecer fios invisíveis, que todas as pessoas alegavam ver, para não parecerem estúpidas.
Até que um dia, o rei se cansou de esperar, e ele e seus
ministros quiseram ver o progresso do suposto "alfaiate". Quando o falso tecelão mostrou a mesa de trabalho vazia, o rei exclamou: "Que lindas vestes! Você fez um trabalho magnífico!", embora não visse nada além de uma simples mesa, pois dizer que nada via seria admitir na frente de seus súditos que não tinha a capacidade necessária para ser rei. Os nobres ao redor soltaram falsos suspiros de admiração pelo trabalho do bandido, nenhum deles querendo que achassem que era incompetente, incapaz ou tolo.
O rei resolveu desfilar em público para mostrar sua nova roupa, no meio da multidão um menino se espanta e diz:
- Mas o rei está nú!!
E as pessoas ao lado vão passando a mensagem, até que todos na multidão gritam espantados:
- O rei está nú...o rei está nú!!"

Alguma semelhança com outros mitos e contos infantis?

Reparem que foi necessária a inocência e porque não a honestidade de uma criança para que todos percebessem que de fato o rei estava nú.

Já pensaram em usar da mesma honestidade para com as divindades? Crenças? Mitos? Clichês? Superstições e paradigmas do dia a dia?

Ou preferem continuar vendo coisas que ninguém jamais viu, pois temem passar por TOLOS perante a sociedade?

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